terça-feira, 17 de maio de 2011

Vai entender...

Aí, ontem, eu estava caminhando até o ponto de ônibus com uma colega de faculdade e deu-se o seguinte dialogo:

Colega: – Ainda vou demorar muito a chegar em casa
G: – Por que? Mora onde?
C: – Cidade da Luz (que é onde a Ariana morava)
G: – Putz, sei bem o que vc passa! Durante um tempo fui muito lá.
C: – Pois é. Ia lá fazer o que?
G: – Uma.. amiga minha morava lá.
C: – Ah sim.

E hoje conversando com outra colega:

Colega: Vc viveria sem celular?
G: Não!! Absolutamente.
C: Nem eu. Imagina ficar uma semana sem cel..
G: Impossível! Tem pessoas (Ariana) com quem eu falo quase que só pelo cel, só da pra ver uma ou duas vezes por semana.
C: Eé, vivo sem net, mas não sem cel.
G: Eu também.

Agora, a minha questão é: por que diabos eu ainda fico insegura em dizer, por exemplo, que é a minha NAMORADA que eu ia ver na Cidade da Luz, ou que é por causa da minha NAMORADA que eu não viveria sem celular? 
Me peguei pensando sobre isso ontem e me peguei pensando sobre isso hoje. Tem algo errado aí. Não sou a pessoa mais assumida do mundo, ok, mas também não sou de me esconder e muito menos de esconder a Ariana. Inclusive já falei abertamente da Ariana como minha namorada pra algumas pessoas da facul. Nós andamos de mãos dadas por todo o Rio de Janeiro, trocamos carinho em publico, nos beijamos na rua... E se não fazemos isso nas nossas cidades, perto de nossas casas, é apenas pra evitar conflito com nossos pais. Então, se nenhuma das duas colegas dali de cima têm contato com meus pais, por que ter evitado falar da Ariana como minha namorada? 
E eu sei que essas colegas não teriam nada contra minha sapatice. Uma delas outro dia mesmo estava criticando um homofóbico junto comigo. E o problema também não é medo incosnciente de sofrer preconceito na facul, porque no meu curso, alunos e professores são super ok com isso. É até algo importante e levado positivamente em consideração no processo de "aprendizagem". 
Me lembro que, na hora, por ter que pensar rápido pra responder, ponderei que era desnecessário falar. Mas depois, quando pensei sobre, achei esse argumento que usei comigo mesma tão inválido! Porque primeiro acho que necessidade meesmo nunca terá. Segundo que pra fazer comentários como esses, sobre pessoas da nossa vida, não é preciso haver necessidade, é algo que acontece corriqueiramente. Se fosse, a minha mãe a sujeita das frases, por exemplo, eu não exitaria em falar. 
Logo só posso chegar a conclusão de que fugi". Só não sei por que.


Beijos, Geminiana.

3 comentários:

  1. Normal. Antes de eu me assumir evitava certos assuntos, falava de minha companheira como a amiga, como a prima, ou o mais corriqueiro '' uma pessoa rsrs Logo senti o a mesma coisa que você e me perguntei '' Por que estou evitando? '' Por que eu não falo que fulana é na verdade, minha namorada? Até que teve um dia que cheguei na escola e falei: '' Professora desculpe o atraso é que eu dormi na casa da minha namorada. É é longe daqui. Coragem a minha né? Mas tive que dar uma de maluca, se não até hoje ela ia ser a '' pessoa '' que come um pote todo de sorvete de flocos sozinha kkkkk
    BY Jenny

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  2. É, acho que o meu 'assumir' ainda tropeça no meio do caminho..
    G.

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  3. Vixi... vc se questiona e faz eu me questionar tb. Eu assumi uma vida a duas; não fiz nenhum alarde disso (alguns o fizeram para mim), mas quase td mundo sabe que eu e Ela somos casadas. Mas vc sabe que eu tb não consigo dizer em público "a minha mulher". E as ponderações são as mesmas; é desnecessário (??).
    E mais, percebo que esse meu sintoma piora E MUITO, quando estou lidando com pessoas que conheciam o meu marido. Tipo, antigos amigos de escola... ele ia às reuniões anuais comigo; já conhecia td mundo. Ano passado não fui; esse ano me pergunto: irei sozinha, levarei "uma amiga" ou irei com a MINHA MULHER?
    ... não é tão simples, amiga...

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